terça-feira, 17 de março de 2009

Básico ou Aplicado

Muitos primatas indagam, porque estudar tudo isso?! Qual a serventia de tudo isso?! Como isso muda a minha vida?! Quais os benefícios para as pessoas?! Esses questionamentos sempre vêm à tona quando primatas cientistas são entrevistados. Aí, pergunto: por que essa ânsia em ter resultados palpáveis e aplicáveis no dia-a-dia. Será uma obsessão por querer viver intensamente e experimentado novas maneiras de viver. “Quero ver tudo na prática, funcionando”.

A teoria há muito tempo é uma palavra chata. Fulano só sabe a teoria, aplicar ele não sabe. “Estou cansado de teorias e mais teorias, que ver na prática se funciona” “Isso resolve o meu problema?”. Teorias, teorias, teorias para que te quero?

Calma, não podemos continuar nessa ânsia. Um primata sábio sabe valorizar uma boa teoria, sabe que a busca de fundamentos teóricos sólidos é fundamental antes de partir para a prática. Afinal de contas, temos cabeça para pensar e planejar nossas ações, não devemos agir ao léu, impulsivamente.
Se o primata hipervaloriza o que é aplicado em detrimento do que é básico, ignora sua condição de primata, ser pensante. Platão, por certo, ficaria muito contrariado com esta atitude. Platão é um primata, logo pensa, ou seja, não cai no ímpeto aplicativo.

Bem, se entenderam parabéns, se não busquem ajuda dos nossos primos primatas. Eles saberão lhe explicar...

Até mais.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Primatas altruístas

Bem, o que é o altruísmo? Será um sentimento nobre que envolve pessoas ou uma forma de egoísmo disfarçada na qual cada um ajuda querendo algo em troca?

Posso não ter a resposta completa para essas perguntas, mas como todo primata é racional posso pensar um pouco sobre elas...

Aí vai.... Depois de refletir alguns meses sobre essas questões (não precisei como Zaratrusta me isolar das pessoas e refletir longe delas, gosto de calor humano) cheguei a algumas conclusões.

Ajudamos porque algo nos faz bem quando ajudamos... Ora bolas, se ajudar não fizesse bem ninguém ajudava. A satisfação de ajudar ou bem-estar é algo universal em todos os primatas pensantes. De fato, essa tal de satisfação quando ajudamos alguém pode ser vista como um sentimento útil. Mas como útil? Deixe me explicar... O sentimento de bem-estar quando contribuímos com alguma causa, coisa ou pessoa pode ter se propagado como uma forma de desenvolver nossas relações sociais. Algo fisiológico que justifica o ato da ajuda é esse sentimento. Os laços sociais são melhor realizados graças a esse nobre sentimento.

Mas se pensamos, no altruísmo como um egoísmo disfarçado? Podemos pensar nos políticos... É sempre um toma lá, dá cá... É dando que se recebe... Uma mão lava a outra. Vemos geralmente trocas de favores como moralmente repugnantes. Mas peraí... Alguém já pensou porque é realmente repugnante e se de fato é. As disputas no plano político não estão muito longe dos padrões de disputa do nosso dia-a-dia. Também formamos coalizões (os famosos grupinhos, ou panelinhas) como a classe política faz. Também defendemos nossos interesses e para isso precisamos fazer e retribuir favores como todo primata consciente de seus deveres cívicos de cidadão, sempre respeitando a lei vigente e o Estado de Direito.

Outro questionamento a ser inserido é o porquê dos “políticos” serem vistos como uma classe a parte da sociedade. Eles apresentam muito dos nossos vícios e virtudes, não há como negar. Todos somos políticos, todo primata é político, logo o homem (e a mulher também é claro) é político.

Não importa se o primata é bolchevique ou menchevique, o que importa é sua determinação na busca do bem comum e tudo começa com esse sentimento de satisfação de ajudar os outros...